terça-feira, 12 de junho de 2012

Na realidade, bem no fundo somos todos sozinhos e temos que fazer dar certo mesmo assim
Sempre os mesmos problemas, sempre a mesma pessoa e a mesma vida tão cansada e vivida. Eu andei por entre os campos ainda jovem e parece que minha alma ficou presa por lá; não sei porque mas me sinto como se na vida eu vivesse esperando voltar a 1995, talvez 1996. Meu coração se apegou ao tempo que lhe escorreu pelos dedos, à ideia de viver uma vida completamente diferente, um continue de 1996. 
Mas é preciso entender que “esse” continue não virá justamente porque outro continue se deu, e a vida vem seguindo desde então. Acho que ancorei naquele tempo e fiz dele meu padrão de perfeição, porque até ali era tudo perfeito pra mim. E depois dali nada foi mais como eu sonhei. Egoísta talvez pensar assim, mimado eu diria… Mas quem não quer viver uma vida plenamente feliz? Eu era criança mas deixei a felicidade me marcar a fogo, talvez o destino tenha deixado; e eu nunca esqueço tudo oque eu queria transformar àquela menina.
Olho nos olhos das minhas fotos ainda criança e penso “eu tinha tantos sonhos pra vc, eu fiz tantos planos pra vc. Desculpa garota, eu te destruí de alguma forma e depois te aprisionei dentro de mim.” Eu vivia na esperança de um tempo que iria me fazer esquecer todo o tempo nesse meio de caminho mas, esquecer de uma vida? Sinto que esse é um daqueles momentos onde você cresce um pouco ou morre um pouco, não sei. Sinto que é preciso entender que aquele menina não existe mais - mas eu nem sei se isso é verdade -, sinto que é preciso me conformar que a vida não é um sonho, é uma vida e que é fácil perceber quantas vezes ela brilhou em felicidade por mim.
Acho que estou vivendo algumas coisas dentro de mim que irão me mudar ou que já tenham o feito, não sei. E de certa forma, deixar essa “criança” pra trás, no lugar dela, é trazê-la a vida de outra forma, mais velha, como se tivesse sido td perfeito; porque talvez tenha sido e eu não percebi. Não dizem que tudo se desenrola como deveria? Então… mas na verdade não sei. E é até irônico pensa que justo no dia do adeus ela renasceu, isso é de fato.
Não posso dizer que nunca quis muito da vida, porque sempre quis sim.
Eu era tão corajosa, tão incerta e tão pouco preocupada com isso… E eu não estou nem um pouco preocupada…

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